Adolf Hitler foi o líder da Alemanha Nazista de 1934 a 1945. Ele iniciou a Segunda Guerra Mundial e instaurou políticas fascistas que resultaram na morte de milhares de pessoas.
Nascido na Áustria, em 1889, Adolf Hitler ascendeu ao poder na política alemã como o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como Partido Nazista. Hitler foi o chanceler da Alemanha de 1933 a 1945 e atuou como ditador de 1934 a 1945. Ele levou a Alemanha à Segunda Guerra Mundial e também provocou o Holocausto. Hitler se suicidou ao lado de sua mulher, Eva Braun, em 30 de abril de 1945, em seu bunker, em Berlim.
Primeiros anos
O ditador Adolf Hitler nasceu em Branau am Inn, na Áustria, em 20 de abril de 1889, e foi o quarto dos seis filhos de Alois Hitler e Klara Pozl. Quando tinha três anos de idade, a família se mudou para a Alemanha. Seu pai, com quem não tinha boa relação, não aprovava seu interesse em artes visuais, preferindo que ele seguisse a carreira na área de negócios. Além da arte, Hitler mostrou um interesse precoce pelo nacionalismo alemão, rejeitando a autoridade da Áustria-Hungria. Esse nacionalismo se tornaria a força motivadora da vida de Hitler.
Depois da morte de seu pai, ele largou a escola e se mudou para Viena, onde trabalhou como operário e pintor. Hitler tentou ingressar na Academia de Artes Visuais duas vezes, mas foi rejeitado. Sem dinheiro, se mudou para um abrigo. Posteriormente, Hitler lembraria esses anos como o tempo em que começou a cultivar seu antissemitismo.
Luta na Primeira Guerra
No início da Primeira Guerra Mundial, Hitler entrou para o exército alemão, mesmo sendo um cidadão austríaco. Embora tenha ficado muito tempo longe do front, ele esteve presente em inúmeras batalhas e foi ferido em Somme, motivo pelo qual foi condecorado por bravura, recebendo a Cruz de Ferro de primeira classe e a Medalha dos Feridos.
Hitler se tornou amargo com o fracasso da guerra e ficou muito abalado com a rendição da Alemanha em 1918. A experiência apenas reforçou seu patriotismo. Como muitos nacionalistas, ele acreditava que o exército alemão havia sido traído por líderes civis e marxistas e considerou o Tratado de Versalhes degradante, especialmente a cláusula que dizia que a Alemanha era a responsável pela guerra.
Após a Primeira Guerra, Hitler retornou a Munique e continuou a trabalhar para o exército como um oficial da inteligência. Enquanto monitorava o Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP), passou a adotar muitas ideias antissemitas, nacionalistas e antimarxistas de Anton Drexler, fundador do DAP. Em 1919 entrou para o DAP a convite de Drexler.
Para aumentar o seu apelo, o DAP mudou seu nome para Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). Hitler desenhou pessoalmente o símbolo do partido, que possuía uma suástica em um círculo branco com o fundo vermelho. Em seguida, ganhou notoriedade por seus discursos virulentos contra o Tratado de Versalhes, políticos rivais, marxistas e judeus. Em 1921, ele substituiu Drexler como presidente do NSDAP.
Os discursos de Hitler começaram a atrair espectadores regulares, e, em 8 de novembro de 1923, Hitler e o Sturmabteilung realizaram um encontro de 3 mil pessoas em uma grande cervejaria de Munique. Hitler anunciou que a revolução nacional havia começado e declarou a formação de um novo governo. Depois de uma longa batalha, que incluiu 20 mortes, o golpe, conhecido como Putsch da Cervejaria, fracassou.
Hitler foi preso três dias depois e foi sentenciado por alta traição. Ele ficou um ano na prisão, quando ditou grande parte do primeiro volume de Mein Kampf (“Minha Luta”) para seu assessor, Rudolf Heiss. O livro trouxe à tona os planos de Hitler em transformar a sociedade alemã baseada na raça.
Ascensão ao Poder
A Grande Depressão na Alemanha serviu como uma oportunidade política para Hitler. Os alemães estavam descrentes em relação à república parlamentar e cada vez mais tendenciosos ao extremismo. Em 1932, Hitler se candidatou à presidência e, embora não tenha vencido, angariou mais de 35% dos votos. A eleição o estabeleceu como uma grande força na política Alemã, e Hindenburg, mesmo hesitante, o promoveu a chanceler.
Hitler utilizou sua posição para criar uma ditadura legal. O Decreto do Incêndio de Resichtag suspendia os direitos básicos e permitia a detenção sem julgamento. Hitler também arquitetou a passagem da Lei de Concessão de Plenos Poderes, que deu ao seu gabinete ministerial poderes legislativos absolutos por um período de quatro anos e permitiu também mudanças na constituição.
Tendo controle absoluto sobre as repartições legislativas e executivas do governo, Hitler e seus aliados políticos deram início a um extermínio sistemático da oposição remanescente. Em 14 de julho de 1933, o Partido Nazista de Hitler foi pronunciado como o único partido político legal da Alemanha. As demandas do SA por mais força política e militar desencadearam na Noite das Facas Longas, de 30 de junho a 2 de julho de 1934. Ernst Röhm e outros líderes da SA, junto com inúmeros inimigos políticos de Hitler, foram assassinados.
No dia anterior à morte de Hindenburg, em agosto de 1934, o gabinete aprovou uma lei que abolia os poderes do presidente e os unia aos do chanceler. Hitler tornou-se, então, o chefe do estado, assim como do governo. E como tal, passou a ser o comandante supremo das forças armadas e, ao mesmo tempo em que as mobilizava para a guerra, promoveu sua massiva expansão.
Um conceito principal do nazismo era o da higiene racial. Novas leis baniam casamentos entre judeus e não judeus alemães e privavam os “não arianos” dos benefícios da cidadania alemã. O Holocausto também foi movido pelos mesmos valores.
Entre 1939 e 1945, os Nazistas e seus colaboradores foram responsáveis pela morte de 11 a 14 milhões de pessoas, incluindo 6 milhões de judeus, o que representava dois terços da população semita da Europa. As mortes ocorreram em campos de concentração e extermínio e aconteciam em massa. Outros grupos perseguidos incluíam os poloneses, comunistas, homossexuais, testemunhas de Jeová, sindicalistas, entre outros. Hitler nunca teria visitado os campos de concentração e não falava publicamente sobre os assassinatos.
Segunda Guerra Mundial
Em 1938, Hitler, ao lado de outros líderes europeus, assinou o Tratado de Munique. Depois, invadiu a Polônia, e, em resposta, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha. Hitler intensificou suas atividades em 1940, invadindo a Escandinávia, França, Luxemburgo, Países Baixos e Bélgica e ordenou ataques ao Reino Unido. A aliança formal da Alemanha com o Japão e a Itália, conhecida como Potências do Eixo, foi assinada para impedir que os EUA apoiassem e protegessem os britânicos.
Em 22 de junho de 1941, Hitler violou um pacto de não agressão com Joseph Stalin, enviando 3 milhões de soldados alemães à URSS. Em 7 de dezembro, o Japão atacou a base de Pearl Harbor, no Havaí, e a guerra passou a ser entre Hitler e a coalizão que incluía o maior império do mundo (Britânico), o maior poder financeiro do mundo (EUA) e o maior exército (URSS).
Contra isso, o exército de Hitler começou a se deteriorar, assim como a economia alemã e a saúde de Hitler. A Alemanha e o Eixo não conseguiam mais sustentar a guerra expansiva e agressiva de Hitler. No final de 1942, as forças alemãs fracassaram na tomada do Canal de Suez. O exército alemão também sofreu derrotas na Batalha de Stalingrado e na Batalha de Kursk. Em 6 de junho de 1944, os exércitos aliados chegaram ao norte da França. Como consequência, muitos oficiais alemães se deram conta de que a derrota era inevitável e que a teimosia de Hitler levaria à destruição do país.
Derrota na Guerra e morte
No início de 1945, Hitler percebeu que a Alemanha iria perder a guerra. Os soviéticos haviam recuado o exército alemão e os Aliados avançavam em direção à Alemanha. Em 29 de abril, Hitler se casou com sua namorada, Eva Braun, em uma pequena cerimônia civil no seu bunker, em Berlim. Logo em seguida, foi informado do assassinato do ditador italiano Benito Mussolini e, com medo de terminar nas mãos das tropas inimigas, se suicidou ao lado de Braun, um dia depois de seu casamento. Seus corpos foram carregados para um jardim próximo à Chancelaria do Reich e queimados. Berlim ruiu em 2 de maio de 1945. Cinco dias depois, a Alemanha se rendeu incondicionalmente aos Aliados.
O programa político de Hitler despertou uma guerra mundial, deixando as regiões centrais e leste da Europa devastadas e empobrecidas. Suas políticas causaram o sofrimento humano em uma escala sem precedentes, resultando na morte de aproximadamente 40 milhões de pessoas, incluindo 27 milhões na União Soviética. A derrota de Hitler marcou o fim do fascismo.
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