HOJE VOCÊ VERÁ FATOS ENVOLVENDO A LENDA DE EXCALIBUR, A ESPADA MILAGROSA...
Excalibur é a espada mágica do Rei Artur, atribuída à soberania de toda a Grã-Bretanha. Faz parte do folclore daquele povo, assim como o Saci faz parte das nossas histórias folclóricas. O problema surge quando alguns estudiosos apontam que a lenda seria verdadeira. Em cada região da Bretanha há uma versão diferente desse mito, mas em geral há uma linhagem comum: o rapaz que retira da pedra uma espada poderosa que lá estava fincada.
O nome Excalibur, aparentemente, tem origem na palavra galesa “Caledfwlchs”, que é a combinação das palavras “batalha/dura” e “violação”. O autor Monmouth, ao traduzir o mito para o latim traduziu para “Caliburnus”, influenciado pela palavra latina “chalybs”, que significava “aço”. Essa tradução foi feita no início do século 13 e, então, ganhou o mundo.
Caledfwlchs aparece primeiramente em várias obras mitológicas galesas, como sagas, poemas, prosas e coros. Parece ser um artefato muito importante para esse grupo étnico. Historiadores e professores de literatura inglesa medieval apontam que o termo “Caledfwlchs” aparece centenas de vezes em contos diversos escritos entre 950 e 1350, não somente no enredo do Rei Artur.
Mas já sabemos como Caledfwlchs virou Caluburnus. Mas e Excalibur? Simples. Isso aconteceu com as traduções francesas das sagas britânicas. Os primeiros registros de traduções aparecem como “Escalibor”, depois “Excaleibor” e, finalmente, “Excalibur”.
A partir da França, a lenda do Rei Artur ganhou a Europa. Dizia-se que nas ilhas britânicas havia um rei cuja espada cortava ferro como um machado afiado corta madeira. Assim nasceu a antropomorfização do mito: espalhou-se rapidamente a história desse reinado, da espada e de tudo mais. É por isso que muitos pseudo-historiadores creem na existência deste tempo lendário. E não é de se assustar que os europeus do continente acreditassem nessa história que ouviam: o período medieval foi repleto de boatos envolvendo o sobrenatural, religiões e muito misticismo.
A história de Excalibur e o Rei Artur...
No romance arturiano, há uma série de explicações sobre a posse de Artur em relação à espada poderosa. Como havia dito, no entanto, por ser grande parte de relato oral registrado mais tarde, a cada canto da Bretanha há um detalhe ou outro diferente. (1) Na versão mais conhecida, Artur obteve o trono puxando a espada de uma pedra, coisa que ninguém nunca havia conseguido, isso só porque o “verdadeiro rei puro de coração” poderia fazê-lo. (2) Numa outra versão, Excalibur é dada a Artur pela Dama do Lago, logo após seu reino começar. (3) Em outra versão, a espada é dada a Artur quando ele joga um dragão em um lago, e como oferenda as ninfas deram-lhe esse presente. (4) Por fim, há uma versão explicando que havia duas espadas, e Artur com sua sabedoria escolheu a verdadeira, Excalibur, a da justiça universal.
Curiosamente, nos séculos 15 e 16, várias pessoas se comprometeram a encontrar Excalibur. Alguns reis da Inglaterra tiveram essa mania cega, crendo que, assim, poderiam dominar toda a Europa e algumas colônias americanas. Esse foi mais um motivo para suscitar a busca recente, após a década de 1950, entre historiadores a favor da corrente chamada história alternativa.
Junto à história de Excalibur, o Rei Artur também carrega outro mito bastante forte envolvendo um objeto sagrado: o Santo Graal. Recentemente escrevi um post abordando as origens desse mito, que se intercala com os Cavaleiros Templários e a miscelânea teórica promovida por Dan Brown.
No balanço geral desses apontamentos, podemos afirmar que Excalibur é um mito contíguo ao do Santo Graal e outros tantos. Folclore de um canto da Europa que ganhou tons de realidade por conta do fanatismo medieval e apego material aos objetos tidos como milagrosos, e isso retoca e retoma os dias de hoje, quando as teorias da conspiração nunca estiveram tão em voga.
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